Por um membro da redação
ALGUNS deles são ex-animais de estimação. Outros foram maltratados, arrancados de seus pais ou feridos. Ainda outros foram confiscados pelas autoridades municipais, estaduais ou federais. Nem todos são nativos dos Estados Unidos; muitos são exóticos animais carentes. Alguns tiveram suas garras e dentes arrancados, foram castrados ou mutilados pela desnutrição ou pela crueldade de anteriores donos. Todos eles encontraram abrigo e ajuda no Wildlife Waystation (posto de assistência à vida animal). Seu orgulho é: “O Wildlife Waystation nunca rejeitou um animal carente!”
Minha visita ali em agosto de 1981 convenceu-me de que seu orgulho é justificado.
Após termos subido de carro vários quilômetros no canyon Little Tujunga nos montes San Gabriel, ao norte de Los Angeles, E.U.A., eu e um fotógrafo chegamos a esse cercado animal de uns 65 hectares. Fomos recepcionados por uma jovem bronzeada e saudável — Martine Colette, fundadora e presidente dessa entidade de assistência a animais, não-lucrativa e isenta de impostos. (Os visitantes são recebidos apenas por acordo de antemão.) Com amabilidade, competência e desembaraço, ela guiou-nos em nossa excursão pelo Wildlife Waystation.
“Este é Cowboy (vaqueiro)”, disse Martine, ao pararmos na primeira jaula. Nela estava um grande e bonito leão-da-montanha (puma).
“Este animal tinha seis meses quando foi encontrado numa loja de animais, mal nutrido e com dentes estragados — felizmente era sua primeira dentição. Agora está em perfeitas condições e mentalmente bem-disposto.”
“Mas esse nome, Cowboy?”, perguntei, hesitando.
Ela riu. “Quando ele era pequeno eu o deixava solto com os cavalos. Ele gostava de correr atrás deles. Naquele tempo os cavalos não se importavam com isso. Agora não iriam mais gostar disso.”
terça-feira, 10 de agosto de 2010
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