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sábado, 22 de maio de 2010

O caçador

No fim da tarde, a savana abrasada pelo sol começa a refrescar. As três leoas do bando que observamos começam a se levantar da sesta do meio do dia. Com fome, os felinos começam a se mover, cheirando o ar e observando a savana amarelada. É o pico da migração dos gnus e dezenas de milhares desses antílopes desajeitados pastam tranqüilamente ao sul de onde estamos. As três felinas vão naquela direção. Elas se separam e rastejam, imperceptíveis, no terreno acidentado. Os felinos amarelados ficam quase invisíveis no meio do capim alto e se aproximam da manada, sem que ela perceba, até 30 metros. Decidem então iniciar o ataque. Numa arrancada súbita e rápida, correm para a massa de gnus assustados. A manada estoura em todas as direções e os animais, com o olhar apavorado, fogem para salvar a vida. Centenas de cascos pulverizam a terra, levantando uma nuvem de poeira vermelha. Quando a poeira baixa, vemos as três leoas de pé, sozinhas, ofegando muito. A presa escapou. Talvez à noite tenham outra oportunidade para caçar, talvez não. Embora seja ágil e rápido, o leão só tem êxito em 30% das tentativas de capturar a presa. Assim, a fome é uma das grandes ameaças para o leão.

A força dos leões adultos é admirável. Caçando em bando, sabe-se que eles conseguem capturar e matar animais de mais de 1.300 quilos. No início da perseguição, o leão atinge uma velocidade de até uns 60 quilômetros por hora, mas não consegue mantê-la por muito tempo. Por isso, ao caçar para conseguir a comida ele rasteja e fica de tocaia. As leoas apanham 90% da caça, mas os machos maiores é que, em geral, ficam com a “parte do leão” quando começa a refeição. Quando há pouca caça, às vezes os leões ficam tão famintos que não deixam nem os próprios filhotes comerem a presa.

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