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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Conheça o tapi

Do correspondente de Despertai! no Brasil
É BEM provável que não conheça o tapir, ou anta, pois este animal manso só pode ser encontrado em regiões isoladas da América Central e do Sul, e na parte sul da Ásia. O tapir tem cerca do tamanho duma mula, mas, visto possuir pernas curtas, parece-se mais com um porco. Os filhotes têm sido descritos por um zoólogo como sendo parecidos a “melões listrados, dotados de pernas”.
Os tapires variam de 1,80 a 2,40 metros de comprimento, e de uns 80 a pouco mais de 90 centímetros de altura, e pesam de 230 a 290 quilos. Seus corpos fortes têm um pescoço grosso e rabo curto. Os olhos são pequenos e sua visão é deficiente. O focinho se encolhe para formar uma tromba curta e móvel, bem utilizada quando os tapires mordiscam folhagens em busca de alimento. “Dentre todos os animais grandes do mundo”, diz The International Wildlife Encyclopedia (Enciclopédia Internacional da Vida Silvestre), “eles são, provavelmente, os mais completamente indefesos”.
Normalmente, esse animal tímido permanece nas partes mais espessas da floresta, evitando assim os inimigos em potencial, tais como o jaguar (onça-pintada) ou o tigre. Quando uma onça-pintada se lança sobre um tapir, diz-se que o tapir corre imediatamente para o matagal fechado. A onça-pintada fica, assim, afastada pelo mato espesso. Graças à sua pele grossa, que sara rapidamente, o tapir, em geral, não fica gravemente ferido.
Os tapires sempre vivem perto dum rio ou dum lago, e grande parte de seu tempo é gasto nadando e refestelando-se na água, bem como chafurdando-se na lama. Isto os refresca do calor e os protege dos insetos irritantes que são comuns nos trópicos. Apesar de seu corpo pesado, eles podem, quando necessário, correr rápido. Seu forte corpo compacto, de pescoço curto, é perfeitamente adaptado ao seu meio ambiente, permitindo-lhes penetrar com facilidade na espessa vegetação.
Na América do Sul encontram-se três espécies de tapires — o tapir-setentrional, o tapir-amazônico e o tapir-de-montanha, ao passo que o tapir-malaio tem seu lar no sudoeste da Ásia. Fósseis encontrados na Europa, na China e nos Estados Unidos confirmam que já houve época em que existiam tapires em todo o mundo.
Os tapires não são, em geral, animais muito gregários. Vivem sozinhos ou em pares, e só raramente se podem ver mais de três deles juntos, exceto em zoológicos. Mesmo ali, prestam pouquíssima atenção uns aos outros. São vegetarianos, alimentando-se com exclusividade de plantas terrestres rasteiras ou de vegetação aquática. Têm especial apreço por sal, e viajam longa distância para alcançar um poço de sal. Estes animais mormente noturnos podem chegar a viver até 30 anos.
Os tapires parecem procriar em qualquer época, e os filhotes únicos nascem depois de cerca de 13 meses de gestação. Os tapires jovens possuem uma camada de pêlos castanho-avermelhados cujas manchas e listras longitudinais, amarelas e brancas, fornecem excelente camuflagem na luz difusa das florestas tropicais. Esta coloração geralmente desaparece antes do fim do primeiro ano; depois disso, o tapir-malaio é preto, com ampla faixa branca ao redor dos flancos, enquanto que os tapires sul-americanos são cinza-escuros ou marrons.

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