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quarta-feira, 21 de abril de 2010

A um passo da extinção

Calcula-se que hoje existam apenas uns poucos milhares de bisões-europeus. A agricultura e o desmatamento acabaram com seu habitat, e a caça clandestina foi implacável. No oitavo século, os bisões-europeus que habitavam a Gália (território ocupado hoje pela França e pela Bélgica) haviam sido extintos.
No século 16, reis poloneses tomaram providências para proteger essa espécie. Sigismundo II Augusto foi um dos primeiros reis a agir dessa forma, decretando que matar um bisão-europeu era crime passível de morte. Por que esses reis fizeram isso? “A intenção”, disse o Dr. Zbigniew Krasiński, veterinário do Parque Nacional Białowieza, “era preservar os animais para que os governantes e seus cortesãos pudessem caçá-los e tê-los como troféus”. Apesar dessa punição severa, as leis para proteger o bisão não cumpriram seu objetivo, e, no fim do século 18, restaram bisões-europeus apenas na região do Cáucaso e na Floresta Białowieza, localizada no leste da Polônia.
No século 19, a situação finalmente começou a melhorar. Depois de o Império Russo anexar a Floresta Białowieza ao seu território, o Imperador Alexandre I criou leis para proteger o bisão-europeu. Essas medidas logo surtiram efeito. Houve aumentos constantes na população de bisões-europeus e, em 1857, havia quase 1.900 deles sob a proteção do governo. Com o tempo, foram providenciados locais para alimentá-los durante o inverno. Além disso, planejaram-se com cuidado locais onde eles pudessem beber água e abriram-se terrenos para o cultivo de plantas usadas como forragem.
Infelizmente, esses bons tempos duraram pouco. Em menos de 60 anos, o número de bisões-europeus caiu pela metade. O irrompimento da Primeira Guerra Mundial desferiu o golpe mortal contra os bisões da Polônia que viviam em ambiente selvagem. Apesar de a Alemanha ter emitido um decreto para “preservar esses bisões como patrimônio natural inigualável”, eles foram dizimados por exércitos alemães que batiam em retirada, por guerrilheiros da resistência russa e por caçadores clandestinos, que nunca deram trégua. Como descrito no início deste artigo, em 1919 foi morto o último exemplar polonês do bisão-europeu que vivia fora de cativeiro.

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