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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Os cães agressivos

Alguns cães parecem ser agressivos por natureza e podem ser um perigo para os membros da família. Os machos são mais propensos a manifestar características agressivas.

O cão dominador não gosta que passem a mão nele, especialmente em áreas sensíveis como a face e o pescoço. Outras vezes, porém, o cachorro talvez se aproxime do dono, mexa com ele ou até ponha as patas no seu colo, “pedindo” atenção. Talvez guarde áreas específicas na casa, não permitindo nem que os membros da família cheguem perto. Em geral é possessivo com respeito a objetos como brinquedos, e talvez rosne ou pare de brincar quando alguém se aproxima dele, se estiver entretido com esses objetos.

Para mostrar que é o líder, esse tipo de cão ignora deliberadamente comandos conhecidos. Talvez se jogue contra as crianças ou queira passar primeiro pela porta. Ele também pode ter a tendência de montar nas pessoas. Segundo Brian Kilcommons, isso é “um ato de domínio” e não tem “nada a ver com sexo”. Ele adverte que isso “sempre é um sinal de que o cachorro pensa que é ele quem manda. Por certo isso acabará causando problemas”. O cão talvez desenvolva também o hábito de pegar a mão do dono com a boca para exigir atenção.

Não se deve ignorar esses sinais de agressividade. Essa tendência não desaparecerá simplesmente; é mais provável que piore, e as crianças da casa podem estar em perigo. Muitos treinadores recomendam que um animal desse tipo seja castrado, independentemente do sexo, já que isso em geral reduz a agressividade.

Não é aconselhável desafiar um cão agressivo só para mostrar quem manda. Enfrentá-lo de forma agressiva ou discipliná-lo duramente pode, na verdade, ser perigoso. De maneiras mais sutis, pode-se mostrar ao cão quem é que manda.

Toda vez que um cão agressivo pede sua atenção e você a dá, está confirmando a crença do animal de que é ele quem manda. Assim, quando um animal desse tipo exige sua atenção, ignore-o. Toda a família deve cooperar com esse tratamento. O cão ficará aturdido de início, e talvez fique latindo e olhando para você com uma expressão triste, mas resista à tentação de ceder. Quando ele desistir e, quem sabe, for dormir no seu canto, daí você poderá dar-lhe um pouco de atenção. Dessa forma, o cachorro aprende quem é que manda e que é você quem decide quando dar atenção.

Jogos agressivos, como cabo-de-guerra ou luta, podem piorar as tendências dominadoras do cão e devem ser evitados. Em vez disso, brinque com jogos não-agressivos.

É melhor que o cão não durma no quarto. O quarto é uma área privilegiada, e se ele dormir lá poderá se achar mais importante do que seus filhos. Em vez disso, ponha a cama do cachorro na cozinha ou num canil fora da casa. Muitas vezes os donos de cães agressivos são mordidos pela primeira vez no quarto.

Se o cão não atender aos seus esforços, ou se ao treiná-lo, ou em qualquer outra ocasião, você se sentir ameaçado, procure a ajuda de um treinador de cães competente. Seu veterinário talvez possa recomendar-lhe um. Primeiro, fale com o treinador sobre os métodos de treinamento que ele usa, e tenha certeza de que está satisfeito com a capacidade dele antes de contratá-lo. O treinador Richard Stubbs avisa: “Ao passo que um cão agressivo talvez obedeça a um treinador profissional, isso não é garantia de que ele fará o mesmo com o dono.” O dono do cão deve certificar-se de que conseguirá controlar o animal em situações críticas.

Alguns cães continuarão agressivos mesmo depois do melhor treinamento, e ficar com eles porá a família em risco. Depois de fazer tudo o que pode, talvez você conclua que é melhor se livrar do animal em vez de arriscar que alguém se machuque. É bom procurar o conselho de um veterinário ou de um treinador. Talvez consiga outro lar para seu cão, mas naturalmente você tem a obrigação de contar ao novo dono os problemas que teve com o animal.

O treinador Peter Neville aconselha: “Para lidar com cães dominadores é preciso seguir orientações muito específicas, e deve-se fazer uma avaliação cuidadosa sobre quem continuará a se arriscar com ele e até que ponto. Se não se pode garantir segurança para a pessoa mais vulnerável da família, então é melhor encaminhar o cão para outro lar, para um novo dono cuidadosamente escolhido, ou talvez seja melhor sacrificá-lo.”

As crianças podem aprender muito e se beneficiar em sentido emocional de ter um cachorro como bichinho de estimação. Com a necessária supervisão, os pais podem se assegurar de que seus filhos só tenham boas lembranças de seus animaizinhos.

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