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quarta-feira, 21 de abril de 2010

O mistério dos macacos-de-gibraltar

QUANDO você pensa em macacos, talvez os imagine vivendo em regiões quentes, tropicais. Poucas espécies de macacos se arriscam a viver em clima temperado. No entanto, há uma ou duas exceções notáveis.
Nos altos Montes Atlas, no Norte da África, onde a neve é comum no inverno, pequenos grupos de macacos-de-gibraltar percorrem florestas de carvalho e cedro. Um grupo solitário desses macacos pode ser encontrado a 300 quilômetros ao norte, isolado no rochedo de Gibraltar, no extremo sul da Europa.
Como os naturalistas explicam esse mistério, ou seja, a presença desses macacos naquele lugar? Alguns acreditam que eles se estabeleceram em outras regiões da Europa muito tempo atrás e que os de Gibraltar sejam o único grupo que sobreviveu. Outros acham que colonizadores árabes ou britânicos os trouxeram para o rochedo. Diz a lenda que os macacos atravessaram o estreito que separa a Europa da África por meio de um túnel subterrâneo, desaparecido há muito tempo. Qualquer que seja sua origem, eles são hoje os únicos macacos na Europa que não vivem em cativeiro.
Os macacos-de-gibraltar habitam os pinheirais na parte superior do rochedo. Embora existam apenas cerca de cem macacos, eles se tornaram “os habitantes mais famosos da península”, segundo a Organização Internacional para a Proteção de Primatas.
Visto que 7 milhões de turistas visitam Gibraltar por ano, esses macacos brincalhões têm comida de sobra. Embora andem em busca de plantas silvestres, eles se tornaram peritos em mendigar — e às vezes em roubar — comida dos turistas. Autoridades locais também deixam frutas e verduras para os macacos comerem.
Além de comer, os macacos passam 20% do dia limpando uns aos outros. Tanto os machos como as fêmeas cuidam dos mais novos e brincam com eles. Todos vivem em grupos bem unidos e, por fazerem tudo juntos, às vezes acabam brigando. Os macacos mais velhos ameaçam os mais novos e gritam para afugentá-los. Além disso, têm o costume incomum de bater os dentes — algo que parece acalmá-los.
Como esses animais foram parar em Gibraltar ainda é um mistério. Mesmo assim, esses macacos amistosos dão um charme especial ao rochedo, que guarda a entrada do mar Mediterrâneo. Gibraltar não seria o mesmo sem eles.

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