A análise revelou que a argila era rica em irídio (um metal), sendo 30 vezes mais rica do que a concentração normalmente encontrada nas rochas. Eles sabiam que tais altas concentrações deste elemento raro só poderiam provir do núcleo da Terra ou de fontes externas à Terra. Concluíram que o irídio foi depositado por enorme asteróide que atingiu a Terra, provocando a súbita extinção dos dinossauros.
Depois da descoberta da argila enriquecida de irídio em Gubbio, encontraram-se depósitos similares em outras partes do mundo. Corroborava isto a hipótese do asteróide? Alguns cientistas permanecem cépticos. Mas, como reconhece o livro The Riddle of the Dinosaur, a hipótese Alvarez acrescentou “fermento fresco ao estudo da extinção e da evolução”. E o paleontólogo Stephen Jay Gould admite que ela poderia diminuir “a importância da competição entre as espécies”.
Admite um redator de assuntos científicos, ao comentar esta nova teoria e a aparentemente súbita extinção dos dinossauros: “Eles poderiam abalar os alicerces da biologia evolucionista e pôr em dúvida o atual conceito da seleção natural.”
O cientista David Jablonski, da Universidade do Arizona, EUA, conclui que ‘para muitas plantas e animais, a extinção foi abrupta e um tanto especial. As extinções em massa não são meramente os efeitos cumulativos de mortandades graduais. Aconteceu algo incomum’. Sua chegada também se deu de forma abrupta. A revista Scientific American comenta: “O súbito aparecimento de ambas as subordens dos pterossauros sem quaisquer antecedentes óbvios é bem típico dos fósseis.” Isso também acontece com os dinossauros. Seu aparecimento e desaparecimento relativamente súbitos contradiz o conceito comumente aceito de evolução lenta.
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