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terça-feira, 20 de abril de 2010

O problema atual com os animais de estimação

No decorrer da História, parece que os animais de estimação raramente eram mantidos dentro de casa, costume que, aliás, ainda prevalece na maior parte do mundo. Mas em tempos recentes, com a crescente urbanização e o aumento do poder aquisitivo, tornou-se muito comum manter bichos de estimação dentro de casa, o que tem criado alguns problemas nos países desenvolvidos.

Calcula-se que haja cerca de 500 milhões de animais de estimação no mundo. Espantosamente, quase 40% deles se encontram nos Estados Unidos, onde há cerca de 59 milhões de cães de estimação e 75 milhões de gatos de estimação. Contudo, tanto Londres como Paris têm uma proporção maior de mascotes por família do que a cidade de Nova York.

Alguns anos atrás, em Paris, alugaram-se cerca de 70 motonetas chamadas de caninettes para aspirar fezes de cão das calçadas. Calculou-se que a população de cerca de 250.000 cães de Paris produzia 25 toneladas de fezes por dia, e as caninettes só davam conta de recolher menos da metade dessa sujeira. Consta que centenas de pessoas por ano ficavam feridas ou eram hospitalizadas em decorrência de quedas por terem escorregado em fezes de cão.

Os latidos também são um problema. Alguns donos toleram de seus cães o que jamais agüentariam de uma pessoa. De acordo com The Pet Care Forum (site da internet sobre cuidados com os animais de estimação), “os donos de cães que latem excessivamente parecem desenvolver a habilidade de não se incomodar com a barulheira que eles fazem”. Por exemplo, alguns não fazem nada para acalmar o seu cão que late tão alto a ponto de atrapalhar uma conversa importante.

Por outro lado, é possível que o cão fique calmo e feliz quando o dono está por perto, mas perturba a vizinhança inteira na ausência do dono. É verdade que o dono pode amar o seu cão apesar de tudo isso, mas um vizinho que faz turnos à noite e precisa dormir de dia ou uma mãe que mora ao lado e tenta colocar o bebê para dormir, talvez não pensem da mesma forma. Além do mais, animais que ficam entediados podem ficar estressados e até agressivos.

A elevada taxa de natalidade dos animais de estimação constitui um problema grave principalmente nas cidades. Segundo as estimativas, nascem 17 milhões de cães e 30 milhões de gatos todos os anos nos Estados Unidos. Milhões deles acabam em abrigos de animais onde todo ano, só naquele país, de quatro milhões a seis milhões são submetidos à eutanásia.

Por que tantos animais são enviados aos abrigos? Muitas vezes é porque o amor a um bicho de estimação é fogo de palha. Os filhotes fofinhos e graciosos de cães ou de gatos se tornam adultos e exigem cuidados. Mas talvez ninguém na família tenha tempo ou paciência para brincar com o animal ou treiná-lo. Jonica Newby, escritora e especialista em animais, diz: “Contrário à crença popular, pesquisas feitas no mundo todo mostram invariavelmente que metade dos cães que vão parar nos abrigos de animais não são abandonados, mas são levados para lá pelo próprio dono que não sabe mais o que fazer com o cão que late demais, destrói tudo na casa e não pára quieto.”

Um boletim informativo sobre a superpopulação de animais de estimação resume a situação da seguinte forma: “Os bichos se tornaram itens descartáveis que você mima quando são engraçadinhos e abandona quando se tornam inconvenientes. Essa atitude de desrespeito pelos animais é muito comum e corrói a nossa cultura.”

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